Perfil de DK southern

Passar pela história, sem marcar a vida de alguém, sua vida terá sido vazia. Passar pela vida, sem se quer ter marcado a trajetória de alguém, a sua própria trajetória não terá referências. Construir a sua trajetória através das referências de alguém, sua jornada será descartável. Descartar as referências de outro fará com que sua caminhada seja construída sem uma base relevante.

Do morro...

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010 às 23:15
Da favela
De um beco escuro
Salta o tamborim
Foi assim que, o insensato pandeiro,
Num toque ligeiro, respondeu pra mim:
Deixe a água descer
Deixe a rosa brotar
Que hoje, o amanhecer
Vai iluminar o meu caminho

Um dia eu volto

terça-feira, 12 de outubro de 2010 às 20:31
Em teus medos e receios, devoro-te
Em teus choros e anseios, adoro-te
Em teus desejos e prazeres, comprovo-te
Que mesmo assim irei amar-te

Se um dia chorar e eu não puder enxugar
Deixe a lágrima rolar, um dia eu volto
Deixe uma nova esperança brotar
Não deixe a dor te castigar, um dia eu volto

Em teus credos e devaneios, namoro-te
Em teus desesperos e soluços, conforto-te
Em teus esquecimentos e lembranças, encanto-te
E mesmo assim irei amar-te

Minhas quimeras

quinta-feira, 7 de outubro de 2010 às 19:35
Quando o coração está aberto
O dia mais nublado se abre
E mesmo o sol estando coberto
Mostra-se, porque ele sabe
Que cada flor vai se abrir
Mesmo a planta que esteja dormindo
Tudo isso para que eu possa sorrir
A flor mais bela se abre e eu sigo sorrindo
Como se o gramado expelisse notas musicais
E o meu caminhar ganha trilha sonora
É como um navio que não se prende ao cais
Vai rumo ao oceano porque já passou da hora
As rosas sussurram segredos de amor
Cantam quando me vêem passar
Sinto no peito todo esse calor
Junto-me a elas e começo a cantar
Se eu investir e der certo
Tudo que escrever será pra você
Vou te querer cada vez mais perto
Abraçarei forte com medo de perder
Outros não me terão como você terá
Saio dançando, pois não serei mais clandestino
Tudo que eu possa sentir não se abaterá
Nem mesmo com um insólito golpe do destino
E quando eu fecho meus olhos cansados
Posso vislumbrar tudo que imaginei
Sinto que em relação a vida, estamos atrasados
Se encontrei você, agora sei pelo que tanto esperei

1,98

segunda-feira, 4 de outubro de 2010 às 21:02
Eu não quero te aborrecer
Mas não vou deixar de dizer
Que a alegria me invade
O meu suspirar não se abate
Alivio-me com o teu sorrir
Sinto falta de sentir
O coração acelera
A lágrima não espera
Corre como se fosse alheia
Com destreza golpeia
O pobre coração apaixonável
Mostra força inabalável
E mesmo assim se entrega
Ganha fama de brega
Sonha com o amor correspondido
Deseja não estar mais escondido
Anda, canta, chora...
Ri, ajoelha e implora...
Sabe que na falta o ar vai embora
Faz planos para o futuro, mas espera o agora
Quer ficar junto, mas passa da hora...
Dou adeus, despedida... dou meu coração
Dou esse voto de confiança para a ilusão
Dou essa chance por ter medo da solidão
Dou o que pedir, já é tu a minha mão
Segura ela, vem comigo que a vida nos espera
Vem devagar, quem gosta não acelera!

Pós vida

sexta-feira, 1 de outubro de 2010 às 20:29
Quem é ela que ronda a porta do campo santo?
Porque a luz no fim do túnel não apareceu?
Porque o lenço não consegue chegar ao pranto?
Quem invocou o nome e no fim se arrependeu?

Quem ouviu o lamento sob o mármore gelado?
Quem conheceu a dor de não ter um nome seu?
Quem habilmente desviou do vento que chegou calado?
Quem em hora imprópria invocou a santa que não apareceu?

O vulto passa pelo corredor a passos largos
Quem, em dia solitário e gelado, percebeu que não havia sorte?
O doce da vida torna-se pequenos momentos amargos
Quem, com medo do outro lado, não pediu clemência na hora da morte?

Leve como cinza

sábado, 11 de setembro de 2010 às 02:51
Se eu te canto inteiro é pra provar-te
Que, sem sombra de dúvida, irei amar-te
Em plenos poderes vicerar autonomias
Contemplar todo tipo de alegria
E,contudo, sobreviver
Sem erro algum, te entender
Plenamente certo do que me interessa
Esquecer toda essa monotonia expressa
Que insiste em nos resguardar
Que, sem maldade alguma, acaba por nos enterrar
Todas as provas cabais e irrefutáveis
Acabam por prender sentimentos incontroláveis
Como mera coincidência carrasca
Que, quando te traz pra perto, pra longe me arrasta
Sem confundir os fatos apresentados
Relata de modo falho, fadado
Todas as desventuras do destino
Como um retirante nordestino
Passa fome, sede, vontade, frio
Mas resiste a tudo sem perder o brio
Não se apresenta como desistente
Nem liga pro falatório de toda a gente
Quando insistem em botá-lo para baixo
Sem saber por onde ir, me encaixo
Curvo-me em razão de razão alguma
Finjo que sossego e entrego-me a bruma
Sem arrependimento, insisto nessa dor
Sem saber que, na verdade, o que sinto é sóror
Procuro em todas as cores a mais bela flor
E, no fim, tenho certeza, essa desorganização é amor

Vou embora

quinta-feira, 26 de agosto de 2010 às 06:58
Se a chuva não passar e por acaso eu passar por aí
Se o cheiro do café me atrair, eu entro

Se acaso a saudade pesar no peito
E com a visita eu puder acabar com o sofrimento, eu prometo que entro

Mas se acaso a porta estiver fechada
Se a fachada estiver cinza
Eu dou meia volta e caio na vida

E se você não notar quando eu passar
Tento uma última vez te chamar
Se você me atender eu juro que entro

Se a conversa rolar e o sorriso voltar
Eu prometo que jogo a mala fora e fico contigo pra sempre

Eu te juro que entro
Mas se não estiver eu entendo
Me contento com pouco
E, assim, eu, no constrangimento
Vou... embora...

Blue, amarelo e azul

quinta-feira, 15 de julho de 2010 às 10:13
Hoje o sol escureceu
O amor não apareceu
A água não mais me molhou
Eu sou o resto que sobrou

Contudo eu dou continuidade
Aquela nossa velha vaidade
O amor passou e me esqueceu
Agora quem reclama aqui sou eu

Não adianta mais chorar,
Não adianta mais sofrer,
Não adianta perguntar
E nem mais se arrepender

Não sou mais o que costumava ser
Nem sou o que você esperava
Não sou mais pro que der e vier
Nem sou o que você sonhava

Olhos do céu

quinta-feira, 27 de maio de 2010 às 23:57
Você tem aquele olhar que me conquista
Você é aquele dia azul, quando o céu é tudo
Você é o que eu digo, você é minha fantasia
Você é como eu imagino, mas no final me traz lágrimas

Você tem os olhos da cor do céu e do oceano
Tem a profundidade que eu preciso para ser feliz
Eu verei seus olhos rindo...
Mas no final quem fica chorando na chuva sou eu

Promete que vai estar comigo para sempre?
Diga que vai estar em casa quando eu precisar
Diga que você será parte de um dia ensolarado
Sou eu quem pede e o que menos acredita

Algumas promessas a gente acaba por quebrar
Alguns amigos a gente acaba por esquecer
Algumas atitudes a gente tenta esquecer
E outras a gente é obrigado a lembrar

Erros que serviram como lição
Erros que descartaram pessoas pequenas
Erros que acabaram por serem acertos
Acertos que eu acabei confundindo

Os meus olhos estão aqui
Os seus estão na minha mira
Nesse momento a gente se entrega
Pensa pouco e finge que é irracional

Agente finge que gosta, finge que ama,
Finge que precisa, finge que sente falta,
Finge que se desespera, finge que chora,
Finge que sorri, finge que finge.

Meus erros

segunda-feira, 17 de maio de 2010 às 00:01
As vezes com medo de errar... Acabo errando!
Quando acertamos tudo na primeira vez, acabamos por não saber os caminhos que poderiam nos levar a erros graves. Então, mesmo com medo de errar, na primeira vez, prefiro errar. Só assim consigo a minha experiência. Sei os caminho que me levam ao erro e começo a procurar caminho que só me levarão aos almejados acertos.
Aos poucos a trajetória vai sendo construída em cima de coisas que realmente valem a pena. Uma boa gargalhada, um transbordar de desespero que acaba em um choro angustiante, uma boa companhia, gente que a gente gosta, gente que gosta da gente.
Pequenas coisas de pessoas pequenas ocupam espaços imensos na nossa vida, as grandes coisas de pessoas grandes não ocupam espaço algum. Então vou tentar dar mais espaço para as coisas grandes e, aos poucos, vou jogando as malditas coisas pequenas no lixo.
Feliz aniversário pra mim.

Mais uma vez meu passado me condenará!

domingo, 2 de maio de 2010 às 14:43
Acontece como se nunca tivesse acontecido.
Simplesmente vem de longe e parece que nada de errado aconteceu no passado. Machuca, fere, dilacera, arranca, sangra... Provoca as piores reações no peito e exibe um sorriso dizendo que “está tudo bem”. Deixa-me pensar que agora as coisas vão ficar melhores, vão estar nos lugares que deveriam. Mas o pobre do peito, em um esforço absurdo, tenta escapar e não consegue. Mais uma vez cairá em desespero e depois gritará que se arrependeu, mas ninguém vai acreditar. E não deveriam, pois é assim mesmo. Corações sofredores buscam os meios mais sórdidos para continuar com sua principal característica: SOFRER!

Aos nossos vermes!

quarta-feira, 21 de abril de 2010 às 22:23
A gente vai crescendo aos poucos para que o nosso cérebro acostume-se com o fato de estarmos nos tornando velhos. Isso nos obriga a incorporar novas características que nos levarão com decência ao túmulo. No final é só isso que importa: o quão decentes nos mantemos até o momento em que os vermes começarão a nos deglutir. Sim, os vermes não ligarão para o quão bom você foi durante a sua vida, eles te comerão de qualquer forma. Depois de assumirmos essa mentalidade adequada para a vida como alimento, você descobrira que é tempo demais dedicado para seres que vão te comer de qualquer forma. Diga não a ditadura dos vermes!

Cante-me

terça-feira, 16 de março de 2010 às 10:00
Deixe-me cantar
Para que eu possa expulsar
Para que eu tente esquecer
Esquecer de você

Deixe-me salvar o que há em mim
Para que eu possa lembrar que já fui feliz

Deixe-me mudar para que eu possa seguir
Para que eu possa usar esse pedaço de mim

Deixe-me aceitar essa sua falta ilusão
Para que eu possa lembrar dessa tal situação

Te espero

terça-feira, 2 de março de 2010 às 10:00
Vesti a velha calça boca de sino e andei
Estou sem tempo para contar toda história
Você fez falta enquanto eu esperei
Acho que eu estava procurando

Amo o espaço deixado aqui
Deixei mais vazio por necessidade
Agora entendo o que é a falta
Faço parte da maioria abandonada

Volte quando sobrar um tempo
Será que encontro um cantinho?
Acho que eu estava procurando
E era só você a parte que faltava

Quebrado

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010 às 10:00
O coração bate, o punho bate
O punho quebra, o olho fecha
O olho abre, o cabelo voa
O cabelo voa, o coração quebra

Pescoço quebrado
Dentes espalhados
Sangue nos lábios
Deixe meu coração quebrado

Espírito quebrado
Sonho quebrado
Deixe ele quebrado
Deixe meu coração em paz

Olhos do céu

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010 às 10:00
Você tem aquele olhar que me conquista
Você é aquele dia azul, quando o céu é tudo
Você é o que eu digo, você é minha fantasia
Você é como eu imagino, mas no final me traz lágrimas

Você tem os olhos da cor do céu e do oceano
Tem a profundidade que eu preciso para ser feliz
Eu verei seus olhos rindo...
Mas no final quem fica chorando na chuva sou eu

Prometa que vai estar comigo para sempre?
Diga que vai estar em casa quando eu precisar
Diga que você será parte de um dia ensolarado
Sou eu quem pede e o que menos acredita

Olha Pra mim

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010 às 10:00
Molhei meu rosto com pequenas lágrimas
E de onde vieram vocês?
De repente brotam, nos deixam pensativos...
E depois? O que eu faço depois de secas?

E o que acontece quando não há respostas?
Quando a gente busca, mas ninguém se importa
Quando bate a porta e diz que vai embora
Se arrepende, mas o orgulho aflora


Molhei o rosto porque fui embora
Sofri um pouco porque lembrei daquela hora
Tu disse sim, acho que esse é o fim
E o que eu fiz para ser deixado assim?

Não há

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010 às 10:00
Não há sol quando ele se vai
Não há esperança quando a chuva não cai
Não há feijão quando o salário não sai
Não há prazer, não... não mais

Há virtudes de pessoas desesperadas
Há conquistas dos famintos
Há esperança no cabo da enxada
Há sim, eu não minto

Sim, tem gente que não acredita
Sim, tem modos errados de visão
Sim, tem gente que, em vida
Não sabe o que é ter um coração

Jornais

terça-feira, 26 de janeiro de 2010 às 10:00
Todo esse lixo exposto na rua
Toda essa morte espalhada na calçada
Toda essa fome ao redor de mim
Toda essa tragédia que insiste em perseguir

Essa prisão que não vemos e nos prende
Essa palhaçada na via expressa
Essa conquista falhada da porra
Essa agonia profunda e demente

Falta de paz que não nos deixa dormir
Falta de amor que não nos deixa seguir
Falta de esperança que não nos deixa sentir
Falta de alegria que não nos deixa sorrir

Estrada

terça-feira, 19 de janeiro de 2010 às 10:00
Tchau, fui
Um dia eu volto para te falar sobre a viagem
Mas não vou marcar hora nem lugar
Um dia eu simplesmente apareço

Aí sim a gente começa uma vida
Ou podemos deixar tudo como está
Mas agora é muito cedo, tem tanto para ser visto
Não, eu não vou esquecer o meu mundo

Prefiro ficar sozinho para poder pensar
Dou resposta quando ela eu encontrar
Mas se não chegar resposta não foi minha culpa, eu tentei
Mas não espere muito, posso pegar um caminho e nunca mais voltar

Esperança

terça-feira, 12 de janeiro de 2010 às 10:00
Dirijo meu carro e as pontes significam liberdade
Corro mais porque o vento me dá liberdade
Sou assim, mais ou menos do jeito que eu queria ser
Hoje construo o meu “eu” idealizado

Digo adeus aos ultrapassados conceitos
E assim mato algumas partes importantes
É necessário limpar a terra para plantar novas sementes
E assim invisto em uma nova esperança para o futuro

Pego o último trem para o amanhã
Quero ter tempo de ver os novos ideais
Que eu tenha tempo de aproveitar essa nova terra que plantei
Que faça bem o que me predispus a fazer desde o início

Éramos jovens

terça-feira, 5 de janeiro de 2010 às 10:00
Lembro de quando fazíamos planos para o futuro
Os outros não conheciam as nossas vontades
Mas eu conheci a plenitude dentro do teu timbre
Hoje a sua voz me guia quando estou só

A miséria tomou conta dos meus melhores pensamentos
Hoje recito versos para lembrar o que é o amor
Hoje escrevo poesia para lembrar porque eu devo viver
Talvez assim eu te traga para perto outra vez

Já havia dito que éramos realmente jovens
Nós vivemos o que julgávamos ideal
Hoje caminho pelos mesmos lugares e não tem o mesmo sentido
Nós éramos jovens, bobos e explodíamos quando apaixonados...